Como identificar Rochas

As rochas constituem a superfície da Terra e existem três tipos principais incluindo ígneas, sedimentares e metamórficas. No geral, esses três tipos de rochas passam por um ciclo, conhecido como o Ciclo das Rochas (mostrado abaixo). Rocha quente derretida sob a superfície da Terra cria as rochas ígneas, que podem esfriar tanto no subterrâneo quanto na superfície. Essas rochas ígneas podem então ser postas em contato com os elementos da superfície através de processos tectônicos, e ser expostas a atmosfera causando um colapso. O colapso de rochas cria sedimentos que eventualmente são movidos, depositados, e podem ser enterrados para formar rochas sedimentares. Então, essas rochas sedimentares podem acabar enterradas ainda mais fundo e sucumbir a alta temperatura e pressão, causando mudanças minerais na rocha. Essas mudanças minerais levam a formação de rochas metamórficas. Se enterradas fundo o suficiente, as rochas derretem e viram magma, e se tornam rochas ígneas novamente. Rochas são uma forte indicação do passado geológico da Terra e podem ser usadas como um guia para interpretar e entender os ambientes do momento.

O ciclo da rocha

Rochas ígneas
Ígneas Extrusivas

A palavra “ígnea” vem da palavra em Latim “ignis”, que significa fogo (World Atlas, 2020). Essas rochas surgem do magma derretido, ou rocha líquida aquecida, sob a superfície da Terra. A localização em que as rochas ígneas esfriam determina o tamanho de seu grão e o tipo de rocha. O magma ígneo que borbulha até a superfície terrestre é conhecido como lava. A lava esfria muito rapidamente quando está exposta a atmosfera e se torna uma rocha ígnea extrusiva. Esse rápido resfriamento cria uma textura granulada fina, o que significa que grãos individuais não são visíveis a olho nu. Uma rocha ígnea extrusiva é o basalto. Basalto é tipicamente de cor cinza-escura devido à grandes quantidades de metais incluindo ferro e magnésio, e parece uma matriz sólida cinza-escura. Ele também pode ter uma textura com buracos que parecem queijo suíço devido às bolhas de gás que estavam presas durante o esfriamento. Essa textura é chamada de “vesicular” e é mostrada no basalto vesicular abaixo.

Ígneas Intrusivas

Por outro lado, rochas ígneas que têm longos períodos de tempo para esfriar possuem uma textura granulada grossa, o que significa que grãos minerais individuais são geralmente visíveis a olho nu. Essas rochas também começam como magma, mas entram no subsolo por meio de falhas e fraturas. Por ficarem no subsolo e não serem expostas à atmosfera, elas tendem a esfriar muito lentamente. Esse esfriamento vagaroso permite que certos minerais cristalizem e cresçam. No geral, quanto mais tempo a rocha tem para esfriar, maiores serão os grãos. Uma rocha ígnea comum de esfriamento lento é o granito como mostrado abaixo, que é principalmente composto de minerais de cor clara como quartzo e feldspato, com pequenas quantidades de minerais escuros como biotita e anfíbola.

Rocha ígnea de granito

Rochas Sedimentares

Rochas sedimentares podem se formar a partir do colapso de qualquer tipo de rocha que esteja exposta aos elementos na superfície terrestre. Rochas que são expostas ao ar, vento e água eventualmente irão se quebrar através de um processo chamado de intemperismo. O intemperismo pode ser físico, como as forças da chuva e gelo, ou químico, como a quebra das rochas devido a ácidos. Enquanto as rochas colapsam devido ao intemperismo, elas liberam pequenas partículas (sedimentos) que são transportados através de erosão e depositados em diferentes áreas. Partículas sedimentares podem ser movidas de diversas maneiras, como pela água (rios e oceanos) ou vento. Depois de sedimentos acumulados se assentarem em uma área, eles irão eventualmente se compactar enquanto são enterrados. Sedimentos enterrados se tornam cada vez mais agregados em um processo chamado de litificação, que lentamente converte sedimentos frouxos em rocha dura. Uma rocha sedimentar comum é um conglomerado, que é composto de pedregulhos arredondados ou pedaços de seixos que são cimentados juntos com outras partículas ou minerais menores, como mostrado na imagem abaixo.

Conglomerado de rocha sedimentar

Outras características de identificação de rochas sedimentares são planos de acamamento e fósseis. Pelo fato de as rochas sedimentares serem formadas em camadas de sedimentos compactados, elas geralmente irão apresentar uma estratificação paralela chamada de acamamento. O folhelho pode exibir esse acamamento enquanto ele se forma através da acumulação de partículas de argila e silte. Além disso, rochas sedimentares podem ter fósseis, como o fóssil de folha mostrado no folhelho abaixo. Plantas e animais que viveram há muito tempo podem ser preservados nos registros da rocha e possibilitar que humanos interpretem quais seres vivos eram abundantes no planeta durante diferentes períodos de tempo.

Fóssil dentro de uma rocha sedimentar de folhelho

Por outro lado, rochas sedimentares também podem se formar através de processos químicos e biológicos. Um exemplo disso é a rocha calcária, que é composta em grande parte do mineral calcita. O calcário contém fósseis pois ele se forma em ambientes oceânico rasos. Esses ambientes de mar quente e raso possibilita que animais, como mexilhões e amêijoas, façam suas conchas a partir da calcita na água do mar. É por isso que frequentemente o calcário contém muitos fósseis, como mostrado nas impressões de mexilhão abaixo.

Fóssil em calcário

Rochas metamórficas

Rochas metamórficas são aquelas que foram alteradas de alguma forma pela temperatura ou pressão na crosta terrestre. Rochas metamórficas podem se originar de qualquer tipo de rocha: ígneas, sedimentares, ou outra rocha metamórfica. Essas rochas são sujeitas a alta temperatura e pressão através de processos de enterramento ou tectônicos e acabam alteradas. Por exemplo, um folhelho, ou uma rocha sedimentar de grão fino feita de argila, pode passar por vários estágios de metamorfose. Um metamorfismo de baixo grau, ou baixas quantidades de temperatura e pressão, converte esse folhelho em ardósia. Ardósia parece ser semelhante ao folhelho, mas é mais compacta e dura. Estágios crescentes de metamorfose com temperatura e pressão mais altas incluem filito, xisto e gnaisse. Na imagem abaixo vemos um xisto, que geralmente tem uma aparência muito brilhante por causa da grande quantidade de minerais mica. Certos minerais, como a granada mostrada abaixo, podem se formar somente em rochas metamórficas.

Rocha metamórfica de xisto

Mineral metamórfico de granada

Um conceito interessante nas rochas metamórficas é conhecido como foliação. Isso ocorre porque as rochas ficam quentes e pressurizadas o suficiente para fazer com que os minerais individuais se alinhem perpendicularmente à direção da pressão. Isso leva a formação de faixas distintas de camadas de minerais claros e escuros em rocha de gnaisse, mostrada na imagem abaixo.

Rocha metamórfica de gnaisse